A SINDICEL participou da reportagem do Domingo Espetacular exibida neste último domingo (5), alertando para os riscos dos fios clandestinos e a importância de combater o comércio ilegal em todo o país.

Durante a matéria, Enio Rodrigues, diretor executivo da SINDICEL e superintendente executivo da ABCOBRE, reforçou o alerta sobre a necessidade de comprar fios e cabos de procedência garantida.

“Fio sem certificação é um perigo silencioso. Ele pode superaquecer, provocar choques, incêndios e até mortes. Comprar produtos de origem confiável é uma questão de segurança, não apenas de preço”, destacou Enio Rodrigues.

A reportagem da Record TV trouxe à tona casos recentes de acidentes envolvendo fios clandestinos, como o que vitimou o menino João Vítor, de apenas 10 anos, em Anápolis (GO). O episódio reacendeu o debate sobre a falta de fiscalização e o aumento das ligações elétricas irregulares em diversas regiões do país.

Tragédia em segundos

Testemunhas contaram que os dois meninos moravam a poucas ruas do local. Ao atravessar a esquina, João Vítor pisou no fio caído e recebeu uma descarga elétrica fatal.

Voluntários tentaram reanimá-lo até a chegada do socorro, mas ele não resistiu antes de chegar ao hospital.

“Ele era muito bom de bola, ensinava os amigos a jogar. Todo mundo está muito abalado”, disse um amigo da vítima.

Perícia confirma ligação irregular

A perícia técnica constatou que o fio não possuía identificação e estava ligado de forma indevida a uma luminária pública — o que é proibido.

“O choque veio de um fio instalado em local irregular, sem autorização e sem registro. Trata-se de uma ligação clandestina”, afirmou um perito.

Segundo o laudo, o cabo recebeu uma descarga elétrica da rede de iluminação, rompeu-se e caiu ao chão, permanecendo energizado — o que causou a morte da criança.

Polícia aponta falhas de fiscalização

As investigações indicam falhas na fiscalização das instalações elétricas.

“Há sinais claros de negligência e falta de acompanhamento das redes clandestinas. É preocupante, porque mostra uma completa desatenção à segurança pública”, declarou um policial civil.

Técnicos da concessionária afirmaram desconhecer a ligação irregular e disseram que a zona onde o fio estava era proibida.

Segundo eles, as determinações que recebiam eram apenas para corte de fios de empresas inadimplentes, não para inspeções preventivas.

SINDICEL intensifica ações contra fios clandestinos

A SINDICEL (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo) tem atuado fortemente no combate à venda e uso de fios e cabos clandestinos, responsáveis por inúmeros acidentes e incêndios em todo o país.

A entidade lidera campanhas de conscientização junto à sociedade e às autoridades, alertando que fios falsificados ou sem certificação colocam em risco vidas e patrimônios.

Em parceria com órgãos de fiscalização e programas de TV, como o Domingo Espetacular, a SINDICEL busca expor a gravidade desse mercado ilegal e reforçar a importância de produtos com selo do INMETRO.

“O fio clandestino é um inimigo invisível que pode matar. Nosso trabalho é garantir que o consumidor tenha acesso apenas a produtos seguros e certificados”, reforça a diretoria da SINDICEL.

“Só quero justiça”, diz mãe

Em meio à dor, a mãe da vítima desabafou:

“Tiraram minha filha de mim. Não tá sendo fácil, e não vai passar. A única coisa que eu quero é justiça.”

(Obs.: a fala também se refere à mãe da adolescente Natalie, de 17 anos, morta em caso semelhante em Goiás, mostrado na mesma reportagem.)

Posicionamento da concessionária

A Equatorial, responsável pela iluminação de Goiânia e Anápolis, informou em nota que o acidente foi causado por irregularidades em um cabo de fibra óptica de uma empresa de telecomunicação, e que acompanha de perto as investigações.

“A Equatorial lamenta o ocorrido, informa que o fio não pertencia à rede elétrica oficial e reforça que colabora com as autoridades para apuração das responsabilidades.”

Dados preocupantes

Segundo a Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), mais de 600 brasileiros morrem todos os anos vítimas de choques elétricos — boa parte relacionada a fios clandestinos, instalações precárias ou falta de manutenção em áreas públicas.

A SINDICEL alerta que o combate ao comércio de cabos falsificados deve ser contínuo, envolvendo empresas, governo e imprensa, para evitar que novas tragédias como essa se repitam.

Contato – SINDICEL

Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo

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